25 de agosto de 2009

Pitty recarrega sua metralhadora de bobagens

e atira para todos os lados...

Lembro que abri uma Rolling Stone outro dia, a resenha do disco da menina dizia que agora ela citava trechos de grandes obras literárias em suas músicas... UAU! Pitty literata! Mas peraí, se ela fizesse o disco todo usando palavras destes escritores as letras seriam ótimas, porém, misturar isso com suas frases de auto-ajuda, clichês e figuras de linguagem viscerais-gótico-pop só pode acabar em uma coisa: aliás, não tem nada pra designar isso. Merda seria um grande elogio. Lixo? Não, bonito demais. Caralho Pitty, você consegue deixar a gente na mão, nem xingar seu novo disco como eu queria é possível.





Começando do começo:

A primeira bala no vácuo já começa pelo nome do disco: "Chiaroscuro" é uma palavra italiana que significa "luz e sombra" ou "claro-escuro". Isso é bem típico da Pitty, utilizando uma palavra meio desconhecida, confere tons misteriosos, inteligentes, filosóficos à sua "obra". Mas se a palavra tem tal definição, deveria ser a última escolhida pela moça, pois neste novo álbum ela vai do preto cemitério ao rosa choque mais saltitante do mundo.

Faixas:

"8 ou 80" - A música tem um intrumental que remete às bandas dos anos 90 como Alice in Chains, o guitarrista deve ser fã do Jerry Cantrell, pois as linhas de guitarra são parecidas. Pô, você ouve a bateria do comecinho e fala: "até que é legalzinho", mas aí entra aquela voz cantando "Eu só quero o começo / não podia lidar com o meio / quero muito, tenho apego / já não quero, só resta desprezo". Não dá. De bom apenas o nome, Pitty não consegue ser tão péssima para a nota "8" e nem tão boa para o "80", faz apenas essa coisa murcha e pretensiosa, ficando mais ou menos pelo 31,7.

"Me Adora" - Dos anos 90 ela pula para 2001. Não tem como negar, ela copia descaradamente os Strokes. Só que a nossa Julia Casablancas vem com um refrãozinho de dar vergonha: "Que você me adora / Que me acha foda", já deu né?

"Medo" - Agora ela volta aos anos 80 tentando soar como seus "camaradas" do Faith No More, porém acaba caindo naquele estilo criado por Limp Bizkit e Linkin Park. Bom, no finalzinho ela começa a urrar "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come" em cima de guitarras bem distorcidas, não consegui prestar tanta atenção à frase, mas é por aí, você sabe...

"Água Contida" - Essa é Pitty no melhor (pior) estilo musical Pitty mesmo, porém depois de um atropelamento e com gripe suína, como ela mesmo descreve na letra: "Eu, chorando / Com essa cara toda amassada / Com esse olho em carne viva, retalhada / E esse nariz que não pára de escorrer".

"Só Agora" - Baladinha com efeitinhos de guitarra de fundo e gemeção vocal.

"Fracasso" - Realmente.

"Desconstruindo Amélia" - Pobre Amélia, que era mulher de verdade, virou uma salada sonora à la Queens of the Stone Age. Ponto alto: "Hoje aos 30 é melhor que aos 18 / Nem Balzac poderia prever / Depois do lar, do trabalho e dos filhos / Ainda vai pra nigth ferver".

"Trapézio" - Pitty roots + analogias circenses.

"Rato na Roda" - Cópia de Strokes parte II.

"A Sombra" - Embrulha o estômago.

"Todos Estão Mudos" - Quem dera Pitty, quem dera...

O portal Terra tem outra versão para o mesmo disco, confira aqui.

3 comentários:

Ariane Paiva disse...

Seu FDP _|_
Pitty é Diva seu otáriio -'-
Vai se fuder -

gi disse...

me adora = cópia frustrada de strokes, fato.
e aquele clip meu deus? ela não era a roqueira hardcore que usava coturnos e fazia contato com espíritos nos clipes? agora tá toda vintagezinha, com direito a banda com visual wannabe ingles e vestidinhos old school... uma coisa é uma adolescente de 13 anos querendo ser desesperadamente hype, agora, uma 'roqueira' com seus 30 e poucos anos tentando ficar cool é algo deprimente de se ver (ok, não é deprimente. é até hilário)

gi disse...

me adora = cópia frustrada de strokes, fato.
e aquele clip meu deus? ela não era a roqueira hardcore que usava coturnos e fazia contato com espíritos nos clipes? agora tá toda vintagezinha, com direito a banda com visual wannabe ingles e vestidinhos old school... uma coisa é uma adolescente de 13 anos querendo ser desesperadamente hype, agora, uma 'roqueira' com seus 30 e poucos anos tentando ficar cool é algo deprimente de se ver (ok, não é deprimente. é até hilário)