19 de outubro de 2012

Você sabe o que é pantomima?



Entenda um pouco mais sobre esta famosa manifestação artística que tinha o respaldo do público e dos grandes imperadores na época da Roma Antiga. A arte, embora apreciada, resultou na perseguição de seus atores e atrizes, causando a morte de muitos deles. No artigo abaixo, de autoria de Antonio Rodrigues, é relatado todo panorama da época.

Link para o texto original: http://www.artigos.com/artigos/humanas/filosofia/pantomima-7041/artigo/


A língua portuguesa é rica em todos os detalhes. Como também uma das mais difíceis, visto que por se tratar de um país continental as diferentes regiões brasileiras possuem o seu vernacular. É notório que a cultura brasileira segue a mesma dinâmica da língua, hoje é tão comum vermos pequenos dicionários com as palavras mais usadas na região. São palavras usadas no dia a dia, mas não podem ser inseridas na escrita da língua portuguesa, senão mataremos a mesma. No dicionário Cearês, temos uma infinidade delas. Por curiosidade nas nossas pesquisas deparamo-nos com a palavra pantomima, que nos chamou a atenção. De bom alvitre achamos de bom proveito dissecá-la. Pantomima é um teatro gestual que faz o menor uso possível de palavras e maior uso de gestos.

É a arte de narrar com o corpo. É uma modalidade cênica que se diferencia da expressão corporal e da dança, basicamente é a arte objetiva da mímica, é um excelente artifício para comediantes, cômicos, shows, atores, bailarinos, enfim, os intérpretes. Nesta modalidade, os pantomímicos precisam buscar a forma perfeita, a estética da linha do corpo, pois através do gesto tudo será dito, uma boa pantomima está na habilidade adquirida pelo pantomímico em se transfigurar no ato da interpretação, passando para a platéia a mensagem de Jesus Cristo.


É uma das artes que exige o máximo do artista para que este receba o máximo de retorno do público, ou seja, a atenção da platéia para que a Palavra seja passada devidamente. Os grandes atores e atrizes trabalham com a pantomima, mas não é uma técnica fácil. E por não ser mímica a arte da pantomima exige certo conhecimento dos profissionais.

Ela está presente na música, na escultura, na pintura, balé e na linguagem do surdo-mudo, também na dublagem, nas emoções, na dança, no amor, na tristeza, no ódio e também na alegria. A mímica tem uma conotação em sua formação literária, pois é um substantivo que vem do adjetivo mímico ou vice-versa. A arte de fazer acompanhar de gestos precisos e adequados a idéia ou sentimento que se exprime; gesticulações, línguas de sinais utilizada na Europa em especial na Espanha leva o nome de pantomima. Dizem alguns estudiosos sobre o assunto que mímica e movimento, por isso não pode ser pantomima, mas há que diga que mímica é se deslocar ao Golfo Pérsico, ao Oriente Médio, e sair com vida, ou sem mímica. Já a pantomima é ter noção do por que e quais as verdadeiras nuanças, motivos, que levaram os soldados ao Oriente Médio, e também toda aquela parafernália que acontece por lá.


Pantomima é a arte da mímica, do movimento corporal que conta, objetivamente os porquês de uma história, e por mais que seja difícil e trabalhoso introduzir a pantomima em um grupo de dramaturgos, Jesus nos capacita, Ele sabe o quanto a pantomima costuma impressionar e chamar a atenção da platéia, muitas vezes esta técnica é mais utilizada do que a dramaturgia, por ser de fácil assimilação, por chamar a atenção, por ser praticamente universal.

Pantomima é a síntese dos pensamentos e dos sentimentos. Por isso, é que também no Brasil, a pantomima, como todas as Grandes Artes, é pouco conhecida. Mas isso é outro assunto. “Chama-se analfabetismo.” Estar com a mente ligada, atenta e concentrada na Palavra que se almeja passar ao público é de extrema importância a fim de transformar a palavra em pantomima utilizando a imaginação. Como a pantomima é extremamente dependente do espaço onde será ministrada, não é porque temos uma pronta que não há nada a ser acrescentado e modificado, sempre há o processo de adaptação ao elenco, ao espaço e ao objetivo, portanto, a imaginação do diretor é fundamental nesta modalidade. Jesus o grande Mestre fazia isso com muita destreza e facilidade. Um dos estudiosos na pantomima é Ricardo Bandeira.

Ele é um verdadeiro artista, clínico geral em diretoria de arte, diretor de atores e atrizes, figurinista, produtor roteirista entre outros. Nas entrelinhas pairou uma dúvida se a pantomima é mímica ou não, mas segundo aqueles que lidam com a arte dizem que sim, pois mímica também é movimento. Se observarem a linguagem dos surdos-mudos existe até um movimento exagerado das mãos. É um assunto muito bom, mas um pouco polêmico.

Como sempre afirmo em minhas conotações o site Wikipédia é um dos melhores do mundo e lá vocês poderão encontrar todas as nuanças sobre a pantomima, desde a sua origem, finalidade, importância, e quais os povos que mais usam e que tipos de profissionais fazem uso dessa cultura. Será que o cinema mudo faz parte da pantomima? Em Chaplin, Buster Keaton e Jaques Tati, encontramos a pantomima cinematográfica com sua gramática e técnica próprias da época. Na dança, temos também o balé-pantomima, que procura contar objetivamente uma história. Pantomima não são códigos nem idiomas que necessitamos aprender, mas apesar do cinema ser mudo existe o movimento contrariando o pensamento daqueles que defendem que a pantomima não é movimento. Deixando no ar uma indagação perguntamos aos leitores o que acham da pantomima? Existe a linha ferrenha que defende determinados atributos para qualificarmos a pantomima, tampouco é, através de gestos, expressões corporal e facial, tradução, imitação de palavras ou frases. A pantomima não imita nada. Cria.

A pantomima não tem sinonímia, portanto não pode ser sofista. Também não tem o direito, como certas palavras, livros e artes, de ser ambígua, incompreensível, subjetiva, complicada. A pantomima tem por lei a objetividade, sem ser didática e chata. Então a pantomima é quadrada? Não. Nem redonda ou retangular. É espiral e infinitamente dialética. Faz o espectador lembrar que tem cérebro. Que raciocina mesmo quando ri. Até quando sonha. Também quando chora. Com certeza não detalhes ou definições que variam de estudiosos para estudiosos e se prestarmos bem a atenção uma discussão natural acerca do significado da palavra campeia as linhas desta matéria. Se você tiveram uma definição mais plausível aceitamos de coração. Fiquem com Deus.

13 de outubro de 2012

Análise do conto Meninão do Caixote - João Antônio

Um tempo atrás postei no blog o conto Meninão do Caixote, do João Antônio, na íntegra. Nesse post vai uma análise do texto, encontrada no site infoescola.com

Análise sobre o conto Meninão do Caixote – João Antônio


O conto do escritor paulistano João Antônio, Meninão do Caixote, publicado no livro de contos Malagueta, Perus e Bacanaço, de 1963, apresenta a história de um menino que descobre ser um talento da sinuca. O garoto é fã de seu pai, que dirige um caminhão e o leva para o bairro da Vila Mariana, onde se diverte em uma lagoa. Por outro lado, o relacionamento do menino com a mãe é diferente. Ela vive repreendendo-o, dizendo o que fazer e lhe castigando.
O garoto descobre o talento da sinuca quando, a pedido de sua mãe, vai fazer compras no Bar Paulistinha. Com o início de uma chuva, ele é obrigado a ficar no estabelecimento, onde alguns homens estão jogando sinuca, entre eles Vitorino, que fica amigo do jovem. O menino, mais baixo pela idade, pega um caixote e coloca na beira da mesa, sobe nele para assistir o jogo. Então tem a oportunidade de jogar, vai aprendendo, jogando, e, aos poucos, se torna um taco, como eram chamados os bons jogadores.

No seguinte trecho, João Antônio descreve como foi a descoberta do garoto: “Joguei, joguei muito, levado pela mão de Vitorino, joguei demais. Porque Vitorino era um bárbaro, o maior taco da Lapa e uma das maiores bossas de São Paulo. Quando nos topamos Vitorino era um taco. Um cobra. E para mim, menino que jogava sem medo, porque era um menino e não tinha medo, o que tinha era muito jeito, Vitorino ensinava tudo, não escondia nada”.

Porém, a vida do novo jogador de sinuca entra em confronto com suas obrigações escolares e as preocupações de sua mãe. Ele começa a cabular aulas, tem discussões com a mãe e foge pela janela de casa para jogar. Agora a jogatina vale dinheiro, Vitorino torna-se uma espécie de agenciador do garoto, arrumando adversários, fazendo grana e passando sua fama no boca a boca dos botecos suburbanos.

O menino tentava largar o “joguinho”, como é descrito no trecho: “Larguei uma, larguei duas, larguei muitas vezes o joguinho. Entrava nos eixos. No colégio melhorava, tornava-me outro, me ajustava ao meu nome”.

Porém, Vitorino, sedento por mais dinheiro e por ver o menino jogar, voltava para convencer o garoto a retornar ao salão. “Vitorino arrumava um jogo bom, me vinha buscar. Eu desguiando, desguiando, resistia. Ele dando em cima. Se papai estava fora, eu acabava na mesa. Tornava à mesa com fome das bolas, e era: uma piranha, um relógio, um bárbaro. Jogando como sabia”.

Porém, a preocupação da mãe com o menino é representada em seu ápice quando, em uma das sessões de jogatina do bar, ela aparece com a marmita para o filho. O garoto vê aquela cena, a mãe saindo de cortinhas verdes com sua comida em mãos, não aguenta e começa a chorar. É acudido pelos seus companheiros de sinuca, “Que é? Que é isso? ô Meninão!”. Então promete a si mesmo que vai abandonar o jogo novamente. De forma lírica, João Antônio encerra o conto: “Larguei as coisas e fui saindo. Passei a cortina, num passo arrastado. Depois a rua. Mamãe ia lá em cima. Ninguém precisava dizer que aquilo era um domingo… Havia namoros, havia vozes e havia brinquedos na rua, mas eu não olhava. Apertei meu passo, apertei, apertando, chispei. Ia quase chegando. Nossas mãos se acharam. Nós nos olhamos, não dissemos nada. E fomos subindo a rua”.



11 de outubro de 2012

Galaxy S3 apresenta grave falha de segurança




Um dos sistemas que equipam o Galaxy S3, chamado TouchWiz, apresentou um bug em sua interface. Este problema pode fazer com que os dados de equipamentos da marca Samsung sejam deletados. O bug foi detectado por um pesquisador da Universidade Técnica da cidade de Berlin, Ravi Borgaonkar, que expôs a falha do Galaxy S3 em uma feira de segurança digital.

Ao acessar um link que se encontrava exposto no Twitter, o pesquisador perdeu todas as informações que estavam anteriormente no equipamento. Quando direcionado para o link que contém o contém, o código pode ser acessado por SMS, NFC, pelo navegador até mesmo por QR code.

Este bug, além de desaparecer com todos os dados do smartphone, pode causar bloqueio do cartão SIM. Caso o utilizador não saiba a senha para acessar o chip, há risco de o cartão tornar-se inutilizável. De acordo com informações do portal especializado SlashGear, o código somente pode ser usado por aparelhos com interface Galaxy S3, Galaxy S2, Galaxy S Advance, Galaxy Ace e Galaxy Beam. Equipamentos da marca Samsung que não possuem o TouchWiz não correm o risco de perder os dados causados pelo bug. A empresa ainda não fez um pronunciamento oficial sobre o problema.

Atualizando em tempo: a marca já resolveu esta falha.

Vamos passear no inferno, deixa o menino queimar...

Por  Mano Crow †





Recebi uma chamada no celular. Não, não era engano, era o Chefe Insular. Dois passos para a esquerda, dois para a direita. Tirei o meu fone, chupei minha chupeta. Tinha missão. Seis da manhã é foda. Trampo de governo, mó perigo e mó nota. Era cedo, o aluguel não tava pago, me olhei no espelho. Mano, que estrago! Também, quem mandou eu chegar  ontem nas primas? Senti tesão, foi brincadeira. Elas não perdoam, te deixam só a caveira. Muito lixo no ar, muita vergonha no quadril. Sai de lá vazado, vai pra puta que pariu.

 Mas hoje é diferente e eu não posso vacilar, arrumei meu capacete, calculei tudo e pá. De lupa Google View, as mina arrepia. O air-bus veio vazio, vários lugar, várias tia. Sentei lá no fundão, tipo tempos de escola. Aê! Olha ele aí, professor pulava fora. Fui dando um cochilo que é pra mente descansar. O dia ia ser cheio, to firmão, vamo lá. Chegando no recinto um tiozinho veio em mim. Pediu credencial, eu já sabia, normal. Mostrei o cano pro irmão. Posso subir, cuzão? Funcionário do governo, pique de estilista, fui subindo as escadas, mascando umas birita.

Abri a porta nove, a maior loucura. A Neide caminhando. Mano, que cintura. Ela veio em mim com aquela voz adocicada. “Meu filho, vamo lá, eu to sem tempo pra nada”. Já veio me entregando o teclado e a lingüera. Eu já sabia, hã, missão na geladeira. Nem liguei, mó fita, eu já tava acostumado, aquela vagabunda nunca via o meu lado. Desci no 27, várias mina na esteira. “Ô, Crow! Que que é isso? Só chave da cadeia!”. Passei das carne fresca. Digitei os código, a porta se abriu, era ali, tava óbvio.

Uma geladeira, daquelas bem antiga, pique anos 50, vixi, mil fita. Tinha umas divisão, marmita, salada. Esfreguei a minha lupa e peguei as coordenada. Decodifiquei, passei pela marmelada, inacreditável, mas ela estava armada. Já veio lá debaixo espirrando cajuzinho. Aqui não, desviei, tipo Matrix, igualzinho. Arrumei minha bombeta, a lupa me indicou, era só mirar no coração e acabou. Me esquivei pra esquerda, carreguei minha lingüera, acertei a fodida bem no meio das teta. Háááááá. Não era você a foda e pá? Senhora dos iate, rainha do tomate? Agora ta escorrida num bolo de chocolate. Eu falei, mas ninguém escutou, não testa minha fé, que aqui não tem jow. Corpo fechado de Jorge, nem Jesus tenta a sorte. Treta malandragem, irmão, aqui é morte.

Acho que eu deixei as comidas ouriçadas, tipo aquelas mina quando vê coisa da Prada. Uma pá de ovo, lanche de salsicha, tinha até uns feijão querendo entrar na fita. E lá de cima, do segundo andar, várias batata frita querendo me pegar. Foi aí que eu pensei. Agora fodeu, avisa o Chefe Insular que a missão se escafedeu. Não, eu não, não luto por bacana. Chutei a prateleira e fugi com a minha grana. Sai vazado, fui mordido por um alho, vi uma porta aberta e pulei fora sem galho.


Várias ligação do Chefe Insular. “Ê Crow, seu vagabundo, polícia vai te pegar”. Ih, jão, já dei fuga, roubei uma cegonha, eu vô com os irmão é pra Fernando de Noronha. Já era, perdeu, otário vacilão, fica você com a Neide aí ouvindo um pancadão. Babaca de escritório, gravata borboleta, mexeu com a favela se fudeu, proxeneta. Parei lá na quebrada, vários truta sangue bom, só malandro clássico e mina de batom. “Sobe ae doidão, vai logo que tá osso. To sendo perseguido por uns mano cabuloso”.

Viagem demorada, muita droga pesada. Só assim pra aguentar, pique mano de estrada. Na BR 28 um veículo suspeito, entrou atrás da gente, piloto de respeito. Veio acelerando. Mano, que esculacho! Ligou as turbinas e voou para o espaço. “Ae Crow, cê num disse que já tinha despistado?”. “Mano, cala boca, senão eu te despacho”. Amigo bom não tem, só os que vêm na voadora, esfreguei a minha lupa, musa salvadora. Ligeira, malandra, me deu as coordenada, direita, esquerda a dez metros da estrada.

 Foi aí que eu vi. O portal, a bonança, tipo Silvio Santos na Porta da Esperança. Olhei para os lados, a cegonha comeu chão. A polícia tava longe, pelo espaço, foi em vão. Olhei pra trás, todo mundo zuado. “Eu dando essa fuga e vocês tudo chapado?”. Mas firmeza, tamo aí, de carnaval a carnaval, uma mão lava a outra, assim que é e tal. Eu vi uma luz branca, meio cor de rosa, saía do portal, salvação milagrosa. Meti o pé e acelerei, caminho à salvação, depois não vi mais nada, só aquele clarão.

"Irmão, fuja do caminho do mal, o caminho da ambição não te levará à glória. Fuja do homem violento, irmão!".

Abri os olhos, me assustei. Vários anjo em volta. Todo mundo morto, fúria, revolta. Um mano loiro estranhão, pique playboyzão, veio cheio de luz, começou me dar sermão. Procurei a minha arma, já queria atirar, mas, eles em fila começaram a voar. Cada um ia levando um mano meu nos braços. Peraí, to aqui, e agora que que eu faço? Um anjo me olhou, seu nome era Gabriel, ele falou pra mim “seu lugar não é no céu”. Vixi, aí fodeu, cheiro de enxofre e tal, acho que me dei mal. As portas do inferno se abriram, mil grau. Vi um tiozinho de chapéu, unha grande, quem diria? Hã, eu sabia, o diabo me queria.